TCC/LETRAS - PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA -GILBERTO MACHADO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE







Gilberto Machado






PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA







Sarandi
2017
Gilberto Machado








PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA




Trabalho de Conclusão do Curso de Letras Espanhol da Universidade Federal do Rio Grande, como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciatura em Letras Espanhol, sob a orientação do Professor Dr. Oscar L. Brisolara.







Sarandi
2017
Gilberto Machado


PRODUÇÃO TEXTUAL NA ESCOLA:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA



Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso de Letras Português Espanhol a Distância da Universidade Federal do Rio Grande, como parte da exigência para a obtenção do título de Licenciado em Letras.


                      Trabalho: Aprovado.


Sarandi, 07 de agosto de 2017.



BANCA EXAMINADORA




________________________________________
Prof. Dr. Oscar L. Brisolara
FURG



________________________________________
Prof. Ms. Rodrigo Nunes Feijó
FURG



________________________________________
Prof.ª.Drª. Kelly da Rosa Ribeiro
FURG









Dedico este trabalho a Deus, à minha família, pelo total apoio que recebi para a realização deste sonho de ter uma formação acadêmica. Aos idealizadores do Polo UAB de Sarandi e aos mestres da FURG pelo empenho e dedicação. À educação brasileira que ganha mais um soldado nesta luta por um país rico de cultura e educação.


















RESUMO
A produção textual tem fundamental importância nos registros da vida humana, no âmbito escolar enfrenta desafios que não existiam anteriormente e haverá certamente outros no futuro, como tudo que evolui com a raça humana, que faz dela sua forma de grifar seus pensamentos de uma forma física e visível. A boa produção textual na escola é um problema aqui abordado por não haver mais o gosto pela leitura e escrita, principalmente entre os alunos secundaristas e da Educação de Jovens e Adultos, além de encontrarem dificuldades em suas produções no campo da coesão e da coerência de um texto dissertativo, principal forma de avaliação ao final do Ensino Médio nas redações do ENEM- Exame Nacional do Ensino Médio. Os professores declaram aqui que a maioria de seus alunos não gosta de escrever, mas os que gostam e se dedicam encontram na redação uma forma de eles mostrarem-se, exercer a cidadania pela palavra e desafiar-se a pensar acerca de diferentes temáticas. Os exemplos ratificam que a produção textual é extremamente importante na escola e deve ser iniciada logo após a alfabetização, que a repetição da atividade de formas leves e prazerosas levará o estudante do Ensino Fundamental a ser um bom escritor no Ensino Médio e, consequentemente no Ensino Superior.

Palavras chave: Produção. Textual. Escolar.
















RESUMEN
La producción textual tiene fundamental importancia en los registros de la vida humana, principalmente la escolar enfrenta desafíos que no existían anteriormente y, habrá, ciertamente, otros en el futuro, como todo que evoluciona con la raza humana, que hace de ella su forma de grifar sus pensamientos de una forma física y visible. La buena producción textual en la escuela es un problema aquí abordado por no haber más lo gusto por la lectura y escritura, principalmente entre los alumnos secundaritas y de la Educación de Jóvenes y Adultos, además de encontrar dificultades en sus producciones en el campo de la cohesión y de la coherencia de un texto escrito, principal forma de evaluación al final do Enseño Medio, las redacciones do ENEM - Examen Nacional del Enseño Medio. Los profesores declaran aquí que la mayoría de sus alumnos no le gusta escribir, pero los que les gusta y se dedican encuentran en la redacción una forma de ellos se muestren, ejercer la ciudadanía por la palabra y desafiarse a pensar acerca de diferentes temáticas. Los ejemplos ratifican que la producción textual es extremadamente importante en la escuela y debe ser iniciada inmediatamente después de la alfabetización y que la repetición de la actividad de formas leves e interesantes llevará el estudiante de la Enseñanza Fundamental a ser un buen escritor en la Enseñanza Media y, consecuentemente en la Enseñanza Superior.

Palabras llave: Producción. Textual. Escolar.












SUMÁRIO


1.   INTRODUÇÃO..................................................................................................................  6
2.   A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO TEXTUAL...........................................................  7
2.1 A contribuição do ensino da gramática para a produção textual......................................... 9
3.  A EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO COM A PRODUÇÃO TEXTUAL EM SALA DE AULA...................................................................................................................................... 11
3.1 Dificuldades dos alunos nas produções textuais................................................................ 13
4. DIDÁTICAS PARA MELHORAR A PRODUÇÃO TEXTUAL DOS ALUNOS................................................................................................................................  18
5. CONCLUSÃO....................................................................................................................  22
6. REFERÊNCIAS.................................................................................................................   24
7. ANEXOS............................................................................................................................  26











1.      INTRODUÇÃO

O problema que estaremos abordando neste estudo acadêmico, monografia de conclusão do curso de Letras da FURG – Universidade Federal do Rio Grande visa a importância da produção textual nos dias atuais na escola pública.
Como objetivo geral, o trabalho discute sobre a importância da produção textual, principalmente como subsídio a educadores da área de linguagens que estão trabalhando com a comunicação escrita e oral de seus alunos em salas de aula, buscando o aperfeiçoamento das produções apresentadas por eles e, especialmente que estes tenham uma visão mais prazerosa dos hábitos de leitura e escrita que são a base da produção textual de diferentes gêneros e destinada a variados públicos leitores.
A escolha deste tema foi o resultado da observação dos relatos de professores da Escola Básica e com o que seus alunos concluintes apresentam em suas produções textuais nas fases de seleção de concursos vestibulares e no ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio, momentos que são decisivos para o ingresso nas universidades brasileiras.
As principais obras estudadas para embasamento deste trabalho são de autores reconhecidos no tema de produção textual, as fontes científicas utilizadas para o alicerce teórico desta pesquisa foram livros, revistas e internet com autores como: Irandé Costa Antunes (1996), Teresa Cristina Wachowicz (2012), Ingedore Villaça Koch e Luiz Carlos Travaglia (1990), além de artigos disponibilizados ao longo do Curso de Letras da FURG (2013-2017), outras obras citadas no decorrer do trabalho e o acesso à pesquisa do. Centro de Estudos de Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco.
Os 10 professores de escolas públicas municipais e estaduais ouvidos têm semelhanças de fala quando o assunto é o texto que os alunos lhes entregam na escola, tendo como a maior dificuldade o léxico constituído por um conhecimento de mundo carente de leitura e influenciado por sua comunidade de fala que também não tem a cultura da leitura e da escrita, apenas agora devido ao advento da internet e das redes sociais é que as pessoas leem e escrevem, porém na sua avassaladora maioria de forma coloquial e sem os padrões da língua culta.

2. A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO TEXTUAL

A produção textual sempre teve seu importante papel na história da humanidade, desde os primeiros registros da escrita humana é uma forma de comunicação entre nossa raça. Dos papiros, dos hieróglifos até os caracteres digitados hoje, a escrita e, consequentemente a produção textual, envolve o conhecimento de vida do humano com o objetivo de transmitir sua mensagem, sua comunicação, iniciando com a alfabetização do indivíduo para reconhecer esta unidade linguística concreta, como abordam Koch e Travaglia: “texto será entendido como unidade linguística concreta (perceptível pela visão ou audição), que é tomada pelos usuários da língua (falante, escritor/ouvinte, leitor), em uma situação de interação comunicativa, como uma unidade de sentido e como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente da sua extensão.” (1990, p. 10).
Entretanto, a produção textual nada mais é do que a forma escrita de registrar fatos, conhecimentos, qualquer tipo de mensagem entre indivíduos nas suas diferentes línguas. A produção textual vai de uma simples frase, uma poesia, uma mensagem publicitária, até uma dissertação acadêmica, uma lei constitucional, enfim, a vida humana, principalmente sua comunicação, depende muito da produção textual.
Na venda de um produto o comerciante ou fabricante precisa expor as características da sua produção ou venda e isto se faz através da produção de textos de publicidade e propaganda, a mídia em geral usa de diversos artifícios para uma produção de textos convincentes ao consumidor; de que seu produto é o melhor, o mais eficiente, mais econômico, que cai melhor e que supre as necessidades a que se propõe.
 Pois, para esta assim como as demais produções textuais, há um estudo e uma total intertextualidade, ou seja, uma frase em um texto pode ter sentido apenas para quem já teve um contato com o que se está querendo dizer, assim como imagens que são símbolos e que o conhecimento de mundo das pessoas já remete à imagem a uma situação ou consequência do que aquele símbolo representa, isto somente é possível se o receptor da mensagem já teve esta informação no decorrer de sua vida, o que ocorre da mesma forma com o texto.
A produção textual depende de uma forma vital, de várias leituras anteriores para que o redator/escritor comunique com propriedades e conhecimentos necessários para que sua mensagem seja entendida pelo público alvo, isto mesmo, todo o texto tem seu público alvo, um texto comercial tem seu consumidor do produto a que o texto se refere, um texto legislativo à lei a ser criada e, um texto acadêmico à banca que o avaliará e, assim por diante, porém, tudo isso começa na alfabetização do indivíduo e na sua formação básica de Ensino Fundamental e isto é o que veremos nos próximos capítulos, como está a  produção textual na escola e como chegam ao Ensino Médio os alunos egressos do Fundamental, explanaremos o que algumas professoras de Língua Portuguesa pensam da produção textual e como os seus alunos produzem seus textos nas salas de aula da cidade gaúcha de Sarandi/RS.
A produção textual hoje tem um papel importante nas seleções de concursos, principalmente vestibulares e o ENEM, pois delimita as notas de corte para seus determinados cursos. Se um candidato não obtém boa nota na redação do ENEM, por exemplo, seu sonho de entrar na Academia será frustrado mesmo sendo cursos que não demandam da área de Letras, mas sim, todo e qualquer curso a ser desejado.
O chamado “peso da redação” é essencial para uma boa nota nas seleções de concursos vestibulares e ENEM, entretanto para que esta boa nota seja alcançada alguns requisitos essenciais na construção textual devem ser observados pelos alunos/candidatos, que devem vir com este conhecimento e “prática” desde a sua alfabetização, sendo aí a grande questão do problema que estamos abordando.
Metodologias didáticas diversas são desenvolvidas por professores da área de Letras, desde tabelas, esquemas, resumos, enfim, as opções são vastas, porém sempre focando nos pontos básicos de uma boa introdução, desenvolvimento coeso e coerente, até um desfecho do tema proposto de forma que haja um casamento entre a gramática, a sintaxe, a semântica e a adequação linguística, pois dependendo de quem avalia, uma redação pode não ser tão simples assim.
Mas é claro que para quem lê muito está atualizado nos conhecimentos gerais e tem bom conhecimento, não terá grandes dificuldades em redigir o texto dentro do tema proposto para a redação, ou seja, os grandes desafios da produção textual são várias boas leituras para tirar de letra o “grande julgador” da atualidade para os candidatos dos concursos vestibulares e do ENEM - a redação.


2.1. A contribuição do ensino da gramática para a produção textual

A gramática podendo ser a normativa ou descritiva, tem sua importante contribuição para a produção escrita em geral, sobretudo na textual, pois o texto antes de ter coesão e coerência deve ter uma formatação dentro dos níveis aceitáveis da gramática da língua, para que a sua construção possa ocorrer de forma completa. Em sua obra: Moderna Gramática Portuguesa, Evanildo Bechara traz algumas definições:

[...] A gramática descritiva é uma disciplina que registra e descreve o sistema linguístico em todos os seus aspectos. Cabendo à gramática descritiva registrar como se diz uma língua funcional. Cabendo à gramática normativa, que não é uma disciplina com finalidade científica e sim pedagógica, elencar os fatos recomendados como modelares da exemplaridade idiomática para serem utilizados em circunstâncias especiais do convívio social. A gramática normativa recomenda como deve falar e escrever segundo o uso e a autoridade dos escritores corretos e dos gramáticos e dicionaristas esclarecidos. (2009, p. 52)

E este uso correto da gramática implica, além da sintaxe, diretamente na semântica, afetando a coesão textual, pois se uma vírgula, um ponto, um acento, estão mal empregados na oração o todo do texto fica comprometido, o sentido da mensagem que o autor queria passar ao seu leitor já toma rumos diferentes do proposto inicialmente, por isso a produção textual é um conjunto de informações que, tanto o indivíduo autor quanto o seu leitor, têm que estar munido, e isto é o chamado léxico, uma associação das informações que o indivíduo concentrou assim que foi adquirindo o conhecimento, tanto na escola quanto em sua comunidade de fala e um dos mais importantes foi o ensino da gramática e a norma culta da língua.
A contribuição do ensino da gramática para desenvolver a compreensão leitora e a produção escrita dos estudantes é fundamental, pois um texto bem redigido é um texto com uma boa formatação em nível gramatical, embora seu conteúdo seja o principal atrativo ou fator cativante para o leitor deste texto. Mantendo-se um texto coerente, porém com demais atributos, como citam Koch e Travaglia;

[...] e o juízo de incoerência não depende apenas do modo como se combinam elementos linguísticos no texto, mas também de conhecimentos prévios sobre mundo e do tipo de mundo que o texto se insere, bem como do tipo de texto. (KOCH, TRAVAGLIA, 1990).

A significância e os significados, amplificados no meio pela influência dos linguistas, a estrutura global de um texto, uma produção textual coesa e coerente passa por uma análise linguística bem fundamentada, pois todo o produtor textual tem de ter esta noção básica deste elemento que faz parte da espinha dorsal de uma boa produção. Um texto para ser bem compreendido, com uma estrutura gramatical condizente e uma boa formatação, tem sua coroação com a análise do ponto de vista linguista, portanto, a análise linguística e a gramática devem andar ladeadas para a construção de um bom texto para que este contenha todos os elementos necessários para atrair seu leitor. E esta “noção” linguística e gramatical depende do que já abordamos em nossa problemática aqui, extremamente de uma preparação do indivíduo nos bancos escolares do Ensino Básico.
Entretanto, a análise gramatical como explica Antunes, não pode ser a única fonte a se beber no momento de construção textual – “o olhar de professores e alunos sobre a construção do texto ainda é um olhar quase exclusivamente gramatical. Ainda falta, em muitos cursos, uma abordagem consciente de teorias sobre a textualidade. O que poderia ser possível pela exploração dos princípios da linguística de texto.” (2010, p. 14).
Quanto à atuação do professor neste processo, de acordo com Murrie (1994) – “é possível tentar formas alternativas de ensinar língua portuguesa/análise linguística e obter ganhos com isso, sendo o maior deles a ampliação da capacidade interativa de nossos alunos se, por extensão, de suas condições de exercícios da cidadania” -, o professor deve usar da interatividade com seus alunos para fazê-los bons leitores e produtores de textos e, além disso, tomarem o gosto pela atividade por ser atrativa e prazerosa, pois com o conhecimento de mundo e os argumentos adquiridos em suas leituras são os melhores ingredientes para um bom texto, aliados a um conhecimento básico de gramática e análise linguística os farão alunos/escritores/leitores para a vida toda.



3. A EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO COM A PRODUÇÃO TEXTUAL EM SALA DE AULA

Para o princípio da pesquisa de nosso problema de produção textual na escola, iniciamos contextualizando a experiência que tivemos em uma sala de aula com alunos do turno noturno da EJA- Educação de Jovens e Adultos, em uma escola pública da cidade de Sarandi/RS.
            O tema do estágio da disciplina de Língua Portuguesa teve o propósito de unir a atividade de sala de aula, o estudo da gramática, da ortografia, da criação de um léxico aos estudantes, com o fato de que estes alunos da EJA necessitem estar preparados para o mercado de trabalho, para as dificuldades que encontram diariamente nas formas de expressão e comunicação, tanto escrita quanto oral. Pois, de acordo com Freire, “Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo”. (1996, p.98)
             O tema da “Construção Textual e Expressão Oral”, veio ao encontro com a demanda que estes e outros alunos encontram em seu dia-a-dia, nas seleções de emprego ou nas diferentes formas de uso da linguagem, que exigem do indivíduo um conhecimento de mundo maior que o seu habitat familiar ou de seu círculo de amigos da rua ou bairro, a sua “comunidade de fala” como abordam os sociolinguistas. Pode-se contextualizar isto utilizando do trabalho de pesquisa Leitura e Produção Textual: uma proposta de interação teórico-prática, da Profª. Doutoranda Marcilene de Assis Alves de Araújo e da Mestranda Ilka da Graça Baía de Araújo;

[...] Segundo Araújo e Florão (2004), um método pode ser uma teoria do conhecimento; uma metodologia de ensino; uma forma de aprender; uma forma de ensinar ou; muito mais. O ME ao ser elaborado teve como base teórica Paulo Freire, o qual concebe a educação como uma forma de transformação social através de experiências e enriquecimento do vocabulário, pela problematização e busca de soluções através do diálogo. Afirma que não há como separar educação e política, nem pedagogia e ideologia. Paulo Freire considera que a educação é por sua natureza uma atividade política (FREIRE, 1995 apud ARAÚJO e FLORÃO, 2004, p.1).

O porquê de trabalharmos com a produção de textos e, com a melhora da capacidade de comunicação dos alunos para o ambiente externo da sala de aula, pode ser justificado a partir da passagem de um trabalho de pesquisa a seguir, apresentado em nosso curso de Letras na disciplina de Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa e Literatura, onde no Artigo O projeto didático de Suassuna, Melo e Coelho destacam que deve haver mais produção do aluno em sala de aula, ultrapassando o estudo de regras gramaticais e redações escolares:

[...] Em virtude da concepção de linguagem como sistema/código – dominante por um longo tempo -, o ensino de português centrou-se nas regras gramaticais que normatizam a variedade linguística padrão, apresentada nas gramáticas tradicionais, com bases em exemplos da literatura, como modelo de bom uso da língua. Na verdade, nem mesmo descrição/análise linguística se faz na maioria das escolas: o mais comum é que os alunos apliquem o produto de análises prévias (realizadas pelos gramáticos) a dados linguísticos quaisquer (comumente frases soltas, retiradas de seus espaços autênticos de circulação). Este tipo de ensino vem caracterizando a aula de português muito mais como reconhecimento e reprodução do que conhecimento e produção. (2006, p.227)

Sendo assim, a produção textual manuscrita e as diferentes formas de pesquisa, com a exigência de citação de referências bibliográficas do tema pesquisado para a produção dos textos, obteve deste professor-estagiário um importante papel de “mediador/provocador”, estimulando a pesquisa e a leitura para embasar as produções textuais de seus alunos. Sendo esta uma de minhas propostas para a melhoria das produções textuais na escola, pois a exemplo desta turma de alunos com idade entre 14 e 30 anos, que apresentou inúmeras dificuldades em suas produções, desde equívocos gramaticais, textos “incoerentes” ou simplesmente copiados na íntegra da internet.
            O aluno ao fazer a sua redação individual é o gestor de sua produção, porém a mediação do professor é de extrema importância, pois pode incentivar para que as ideias dos alunos possam passar mais facilmente para o texto dando-lhe a noção da coesão textual, deste ponto a ponto que o texto tem que fazer. O léxico do aluno vai sendo incrementado ao ponto que ele faz as suas leituras, porém no momento da produção a repetição de palavras a falta de sinônimos de uma forma que o texto não perca a coerência e semântica necessária, também o dicionário poderá auxiliar o aluno com a questão gramatical com a grafia correta no sentido da língua culta.
            Este princípio vem de encontro com a razão de a escola ensinar o português ao falante da língua portuguesa, sendo que a partir do momento que o falante aprende a norma culta da língua ele chegará ao estágio de poder elaborar sua comunicação escrita condizente com sua língua culta o que trará facilidades a ele no decorrer de sua vida, principalmente na comunicação e, consequentemente tendo mais perspectivas de crescimento no seu aprendizado e com este se sobressair nos momentos onde esta necessidade for crucial para a sua qualificação, inclusive profissional.

3.1 Dificuldades dos alunos nas produções textuais

Para enriquecer a discussão e encontrar uma resposta para as dificuldades dos alunos na realização da atividade de produção textual na escola, recebi relatos de professores da área de linguagens explanando suas impressões sobre a produção textual na escola e questões pertinentes de como melhorar as práticas de ensino de produção textual nas escolas.
Para este fim foi realizada uma pesquisa[1] com o envio de correio eletrônico, e-mail, para dez professores (as) da área na Rede Pública de Ensino na cidade de Sarandi, Rio Grande do Sul, onde as seguintes questões foram feitas: “1. O que você acha do tema Produção Textual? 2. Como estão as produções textuais dos alunos nos últimos anos? 3. A definição de um tema para a produção textual em sala de aula, na sua opinião, deve vir de que fonte? 4. Na constatação que tens em seu dia a dia em sala de aula, os alunos gostam de escrever? 5. Pra você como educador, qual seu pensamento sobre a redação como forma de seleção?”
A grande parte dos professores justificou a não participação na pesquisa por motivos comuns entre os educadores como, o grande número de turmas e, consequentemente de alunos que têm em seu trabalho nas diversas escolas em que atuam, alegando falta de tempo hábil para responder o questionário que lhes foi enviado, outra “explicação” de uma professora abordada pessoalmente na sala dos professores sobre a pesquisa de “produção textual na sala de aula”, acrescentou à justificativa anterior, que geralmente não aplica o tema redação para seus alunos de Ensino Fundamental e Médio que leciona, porque não possui tempo para a devida atenção na correção das atividades, pois segundo ela, é muito detalhista e, - “se é para fazer algo superficial (correção), então prefiro praticamente não aplicar este exercício aos meus alunos, que são muitos e de várias escolas.”, complementa a professora “A”.
Já a professora “B”, que foi questionada nesta pesquisa, reiterou a importância do tema na área da Língua Portuguesa - “A produção textual é elemento fundamental para a construção de competências linguísticas e para o aprimoramento da habilidade comunicativa em estudantes de todas as idades. O exercício da produção textual de diferentes gêneros e em diferentes contextos comunicativos é uma tarefa que aproxima o estudante de sua realidade e o auxilia a interpretar o mundo pelas linguagens”.
E esta habilidade comunicativa contém sempre a intertextualidade, pois todo o texto é fruto de outros tantos textos, de outras tantas experiências de leitura que o escritor teve no decorrer de sua existência, ninguém escreve sobre o que não viu ou ouviu e, principalmente não leu, ou seja, sempre usará da intertextualidade;

De acordo com autores como Barros, Fiorin (1999), o termo intertextualidade surgiu e foi reutilizado pela francesa Julia Kristeva em 1969 para explicar o que Mikhail Bakhtin, na década de 20, entendia por dialogismo. Dessa maneira são duas variações de termos para um mesmo significado. Pertence a ela o clássico conceito de intertextualidade: “(...) todo o texto é como mosaico de citações, todo o texto é absorção e transformação de um outro texto.”(KRISTEVA, 1974, p. 64). Para Robert Stam (2000) apud Zani (2003), Julia Kristeva também concebeu o termo intertextualidade tomado por base no dialogismo de Bakhtin, na medida em que é permitido observar-se em qualquer texto ou discurso artístico um diálogo com outros textos e também com o publico que o prestigia. (MELO BONIFÁCIO)

            De acordo com a professora “C”, que atua em escolas de Sarandi, as produções textuais carecem de conteúdo - [...] “Visualizo ser de suma importância trabalhar a produção textual enfocando variadas modalidades e tipologias textuais. As produções textuais da maioria dos alunos são carentes de conteúdo. Um número pequeno de alunos produz textos com riqueza de informações, mas a grande maioria esbarra na falta de leitura e dificuldade de expressar de forma escrita o seu pensamento”.
            Constatamos neste depoimento algo recorrente nos materiais semelhantes que visualizamos na literatura deste tema, que é a falta de leitura para nutrir a produção textual dos alunos. Na questão sobre o tema das redações a professora “C” diz que apesar de usar questões atuais os alunos a fazem por obrigação - [...] “Quanto ao tema, primeiramente deve-se observar o objetivo a ser alcançado, pois dependendo da proposta de trabalho, será o resultado. Temas do contexto atual de nossa sociedade são importantes para serem trabalhados, além de temas que sejam atrativos para os alunos. Os alunos, a grande maioria, não gostam de escrever e o fazem por necessidade. Percebe-se dificuldade de expressar de forma escrita o seu pensamento.”.
            Referente a esta colocação da educadora, Wachowicz cita Bronckart que apresenta um contexto para a produção textual que pode ser seguido pelos educadores e alunos onde ele chama de “parâmetros externos que exercem a influência sobre um texto organizado” (p. 93);

[...] “parâmetros físicos: 1. O lugar de produção; 2. O momento de produção; 3. O emissor e 4. O receptor. [...] esses parâmetros são permeados de condições sociais. Logo no contexto sociosubjetivo, os parâmetros do contexto de produção são relacionalmente quatro: 1. O social; 2. A posição social do emissor; a posição social do receptor; 4. Os objetivos do texto ou o ponto de vista que o emissor quer passar ao receptor. (2012, p. 40 apud BRONCKART 2003  ).

Ou seja, esta carência de conteúdo e a falta de leitura citados pela professora escancaram as deficiências dos elementos citados acima, necessários para compor um texto organizado, o que isto requer uma profunda reflexão de onde parte esta “falta de conteúdo” e o desinteresse pela produção textual, sendo ela feita puramente na obrigação da sala de aula, porém dotada de pobreza lexical.
Um dos múltiplos exemplos de incentivar e levar a leitura não só às crianças, mas também às suas famílias, mesmo em condições não propícias ao ambiente de livros, foi o projeto Leituras de Barraco, que viabilizou os livros aos ocupantes de barracos em acampamento no interior do Estado de São Paulo. - Leituras de Barraco tem um propósito muito interessante realizado pelos professores que idealizaram o projeto no assentamento sem terra:
[...] criação de uma biblioteca itinerante que busca promover espaços de leitura e interpretação num assentamento rural, na região de Ribeirão Preto. Considerando que, para a maioria do s leitores brasileiros, o principal espaço de acesso aos livros é a biblioteca e sabendo que, muitas vezes, ela deixa de cumprir sua função social, servindo apenas como um mero depósito de livros, procuramos, por meio do acervo da biblioteca Basílio da Gama, distribuir cestas de hortaliças com livros, cestas estas muito usadas em horas de trabalho e muito significativas para esse sujeito. Assim, criamos uma biblioteca itinerante, também muito próxima dos sem-terra, tão afetados pelos deslocamentos no espaço geográfico. (A. ALVES, L. M. S. ROMÃO, 2010)

 Organizar uma biblioteca e depois transportar os livros para onde os sujeitos leitores estavam foi uma grande ‘sacada’.
Trabalho semelhante foi realizado em nossa Sarandi/RS, quando as professoras responsáveis pela Biblioteca Municipal realizaram, com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (EMATER/RS), as ‘Sacolas Literárias’, levando sacolas com livros para comunidades do interior do município nos encontros semanais de clubes de mães e outras atividades das comunidades. As professoras da Secretaria Municipal de Educação, Biblioteca Pública Municipal, reuniam diversos livros em sacolas de tecido, uma forma também sustentável e ecologicamente correta, evitando descarte de sacolas plásticas ou outras embalagens.
A cada encontro mais livros eram levados às comunidades rurais para que a possibilidade de leitura fosse expandida além dos limites das paredes do prédio da Biblioteca Pública Municipal que fica junto à Praça farroupilha, centro de Sarandi e distante cerca de 10 a 20 Km das comunidades rurais do município.
Quanto aos relatos das professoras que responderam ao questionário sobre Produção Textual na Escola, para a professora “B”, que atua em escolas de Sarandi e Nova Boa Vista, no Estado do Rio Grande do Sul, - “A produção é uma tarefa constante e recorrente em suas aulas. A questão é ampla, mas pensa que as produções dos estudantes são um espaço onde eles podem mostrar-se, exercer a cidadania pela palavra e desafiar-se a pensar acerca de diferentes temáticas...” -, sobre a fonte de definição de um tema para a produção textual em sala de aula, a professora diz que “procura definir a escolha das temáticas de modo contextualizado, com o projeto que a escola vem desenvolvendo ou com uma temática que já tenha sido amplamente debatida em sala de aula. Quanto ao gosto pela escrita, este é bastante relativo, sempre há os que não gostam de escrever, mas a maioria entende que o processo se faz necessário. Já utiliza ou sabe que vai se deparar com situações decisivas, nas quais saber expressar de maneira desenvolta por meio da escrita fará com que consigam alcançar seus objetivos. Muitos gostam de escrever porque percebem uma oportunidade para se expressar e libertar-se. A redação como forma de seleção nos processos seletivos atuais é uma oportunidade necessária para avaliar as diversas competências discursivas e argumentativas dos estudantes”, diz ela. “Na redação, nenhum conteúdo específico é cobrado, mas, nela, os estudantes precisam ter um domínio amplo de gramática, sintaxe e morfologia, além de conhecimentos gerais e contextualizados.”
Nesta linha de pensamento da professora “B”, ratifica-se a condição de que o texto não é somente juntar palavras e formar um aglomerado de símbolos gráficos, o aluno deve ter a consciência de como elaborar esta produção e de que ela é, ou será uma forma de selecioná-lo para melhores oportunidades na vida e a coesão é essencial para que isto ocorra. Irandé Antunes, quando fala de coesão, assimila a condição linguística do texto:

[...] “Reconheço, como fora de dúvida, o princípio de que um texto não se faz unicamente com palavras. Ou seja, um texto requer mais que um aparato linguístico perceptível. O sentido global que veicula ultrapassa as unidades que assentam sobre sua superfície. No entanto, reconheço ainda, que um texto se faz, também, com palavras, que se acomodam na linearidade sequencial do tempo ou do papel e que demandam padrões específicos de organização, de maneira a poderem funcionar, num determinado contexto, como atividade comunicativa.” (1996).

            Este domínio amplo dos conhecimentos que o aluno deve dominar em que a professora “B” cita acima, não deve também ser embasado somente no conhecimento da gramática e ser esta a única prática para o conhecimento redacional do aluno, esta noção não é inerente a todos os educadores da área, como cita Antunes:

[...] falta ao professor uma prática contínua de análise que possibilite o desenvolvimento da capacidade de enxergar os elementos que, para além do gramatical, são centrais para o entendimento do texto... Mesmo depois de tantos apelos a favor de análise de caráter textual, ainda vigora, na maioria das escolas, concretamente entre professores, coordenadores de ensino e gestores e entre alunos, uma prática de análise que equivale a mera identificação de categorias gramaticais. Para alunos e professores até o sentido do termo “análise” remete somente para essa identificação. (2010)

As chamadas análises das regularidades textuais devem ser além da gramática perfeita do texto, no entanto o conteúdo do trabalho de produção textual é algo vital neste processo, como destaca Antunes: “[...] esse prisma de análise das regularidades textuais faria com que se obscurecesse aquele outro viés com que se costuma analisar o que os alunos escrevem na escola. O viés da correção gramatical, segundo o qual “basta o texto não ter erros gramaticais para estar bom”. A teoria apenas, sem a prática da análise pode representar uma abstração, um conjunto de hipóteses, de suposições, simplesmente.” (2010).
            No âmbito da temática para a produção textual na escola, o professor deve beber em diferentes fontes para dividir suas experiências de leitura com seus alunos, como afirma Faraco:

Obviamente, é tarefa fundamental da escola oferecer aos alunos a insubstituível experiência da literatura, sem, no entanto, descuidar do convívio sistemático com os textos jornalísticos, com os de divulgação científica, com os textos argumentativos, enfim com os muitos textos que têm ampla circulação sociocultural. Talvez possamos dizer também que avançamos razoavelmente na construção de uma pedagogia da produção de texto. Pelo menos parece que estamos convencidos de que precisamos combater e mesmo eliminar das práticas escolares o famigerado gênero “redação escolar”, isto é, aquela produção de textos artificiais, pré-moldados, que não participam de um circuito vivo de comunicação, se esgotam na escola e atendem apenas a burocracia escolar (cumprir tarefa, receber nota). (2007).

            Sendo que, a partir destas constatações que chegaremos a algumas propostas para melhorar este quadro de produção textual na escola.

4. DIDÁTICAS PARA MELHORAR A PRODUÇÃO TEXTUAL DOS ALUNOS

            Neste trabalho de conclusão de curso de Letras, sob o tema de Produção Textual na Escola, iremos exemplificar como modelo de aprendizagem gosto pela leitura e consequentemente pela escrita, o trabalho de pesquisa realizado pelo Centro de Estudos de Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (CEELUFPE), apresentado em um audiovisual postado no canal de vídeos do You Tube, demonstrando um belo exemplo do que fazermos e que defendemos aqui nesta pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso de Letras, no que tange a solução do problema da falta de interesse dos alunos da Educação Básica na produção textual.
            A opção por este tipo de pesquisa na internet vem ao encontro do nosso curso de EaD de Letras da FURG, Polo Sarandi, que oportuniza a nós acadêmicos, para que façamos a maioria de nossas atividades on line, via plataforma e não presencial, devido as dificuldades de tempo e logística que enfrentamos e que esta modalidade de ensino nos proporciona, de forma excelente, na medida que possamos exercer nossas atividades de pesquisa e estudos a distância, o que nos incentiva também a  utilizar esta prerrogativa quando nos deparamos com o trabalho de conclusão do curso.
            Entendemos que o gosto pela leitura e pela produção textual deve ser introduzido aos alunos já nos anos iniciais, logo após a sua alfabetização. Pois, as dificuldades em escrever que os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental têm e, consequentemente os do Ensino Médio, em sua maioria, é o resultado de um trabalho que foi ou não realizado de uma forma pedagógica adequada já nos anos iniciais do Ensino Fundamental, porque dificilmente um aluno secundarista adquire o gosto pela leitura e pela produção textual, isto vem muitos anos antes, no primário, nos anos inicias do Ensino Fundamental. E a forma com que nosso exemplo de pesquisa, a professora Viviane Almeida, da Escola Municipal Catherine Labouré, do Estado do Pernambuco, aplica em sua turma de segunda série é merecida de elogios e estudos.
            Em uma primeira aula analisada pelo CEELUFP, a professora realiza a leitura de um artigo de jornal, discute com os alunos e depois propõe uma “carta do leitor” para a redação do jornal sobre o tema lido. Desta forma a professora cria uma interatividade muito importante entre ela, os alunos e o texto apresentado, fazendo assim que algo novo para eles crie uma imensa expectativa na oportunidade de escrever para o jornal, escrever para alguém ler, além da professora, para uma legião de pessoas que possuem o acesso ao impresso. Desta forma a professora cria um fato novo, e isto é que precisa ser feito para que os alunos adquiram o gosto pela leitura e em ato reflexo pela produção textual.
            Algo semelhante foi realizado em minha caminhada acadêmica, mais precisamente no estágio, na classe de Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental, os alunos escreviam sobre um determinado tema e estes textos iriam como o foram, para um blog do professor estagiário, fato que motivou mesmo jovens e adultos que não vieram com este apreço pela leitura e produção textual, a construírem seus textos para outras pessoas lerem, não somente o professor.
            No caso da professora Viviane, o texto foi produzido no quadro negro e aos poucos, com as sugestões de todos os seus alunos, foi construído e discutido antes que fosse finalizado para  envio em forma de carta para a redação do referido jornal que havia publicado a matéria debatida em aula. Com isso a professora foi construindo de forma leve e agradável o léxico das crianças, envolvendo-as em discussões gramaticais, de coerência e de coesão do que estavam tentando construir em conjunto, tudo com muita interatividade entre eles e a professora, como afirma, citando Paulo Freire, Vanessa C. Bulgraen, em seu artigo “O Papel do Professor e sua Mediação nos Processos de Elaboração do Conhecimento”, postado na revista Conteúdo:

[...] Segundo Freire (1979), a ação docente é a base de uma boa formação escolar e contribui para a construção de uma sociedade pensante. Entretanto, para que isso seja possível, o docente precisa assumir seu verdadeiro compromisso e encarar o caminho do aprender a ensinar. Evidentemente, ensinar é uma responsabilidade que precisa ser trabalhada e desenvolvida. Um educador precisa sempre, a cada dia, renovar sua forma pedagógica para, da melhor maneira, atender a seus alunos, pois é por meio do comprometimento e da “paixão” pela profissão e pela educação que o educador pode, verdadeiramente, assumir o seu papel e se interessar em realmente aprender a ensinar. (2010).

            A partir disso as coordenadoras do projeto da CEELUFP avaliaram a atuação da professora Viviane, que já havia feito esta carta redação com outro tema, sendo que as crianças sabem como fazer esta carta redação, com os conhecimentos adquiridos nas outras situações, ou seja, na tese que defendemos aqui o princípio da “repetição” é o melhor método para a memorização e aprendizagem para o ser humano, pois como ocorre em um exemplo prático - uma música que toca várias vezes ao dia em uma emissora de rádio que é bem ouvida por um determinado público, faz com que esta música seja conhecida e cantarolada pelos ouvintes da rádio, pois a repetição coloca a música na lembrança das pessoas que a “consomem” através da audiência à emissora de rádio -, portanto este exemplo prático do cotidiano das pessoas pode ser considerado quando se fala em criar um léxico nos alunos dos diferentes níveis de ensino para uma determinada situação, a psicologia também é grande aliada da educação para que através da individualidade de cada aluno o professor possa administrar uma aula agradável ao coletivo e fazendo com que todos aprendam o conteúdo de diversas maneiras que possam ser apresentadas. A leitura e a produção textual têm de andar juntas, pois a leitura é o combustível para o escritor de textos, sendo que na sala de aula a formação do indivíduo está em jogo, o apreço por determinado tema pode definir o gosto pela leitura, porém com a descoberta das individualidades que irão expressar os temas que mais se identificam é que se pode chegar a um denominador comum e fazer o que a professora Viviane aplicou em suas alas, uma produção coletiva e de interesse do coletivo.
            Nesta experiência em que estamos nos embasando para exemplificar uma forma de criar um público leitor/escritor, a professora leu várias vezes aos alunos o gênero a ser produzido de forma coletiva, que foi a carta do leitor, criando nos seus alunos uma expectativa de que as suas ideias também poderiam estar sendo publicadas em um veículo de comunicação de massa, então por que não as nossas professoras estabelecerem páginas mensais com a produção de seus alunos? – Estas produções textuais poderiam ter um trecho do tema escolhido na introdução da publicação, exemplo – “enchente do rio trouxe a sujeira para as ruas da cidade” – e através deste tema publicar o que as crianças, ou no caso de EJA, os jovens e adultos produziram. Esta publicação não precisa ser necessariamente em um veículo de comunicação impresso, jornal e sim, em um blog ou página de rede social na internet e que disponibilizem este espaço para a turma ou escola ou então a própria escola ter a sua página na rede social ou blog na internet para estas publicações, entrando assim em uma seara extremamente atualizada da área da comunicação que é a internet e que todos os alunos de todos os níveis têm acesso e “consomem” em sua rotina diária.
            Aproveitando esta acessibilidade para publicar as produções textuais dos alunos eles terão este estímulo e todos a sua volta estarão ansiosos para ler a sua participação nestes trabalhos e, consequentemente, compartilhar esta atividade com mais pessoas, tornando assim a produção textual não mais um objeto de estudo e trabalho escolar restrito a uma sala de aula, entre alunos e professor e sim, propagando esta atividade para toda a comunidade escolar, envolvendo corpo docente, discentes e familiares dos alunos que realizam as atividades. A atividade de produção textual inspirada no trabalho da professora Viviane, não pode se limitar a uma publicação somente, pelo contrário, diversas atividades, no mínimo mensais com os alunos da área da língua portuguesa, fomentando assim a simpatia do educandário pela metodologia de produção textual proposta.
            Nesta atividade é executada a inferência com os alunos para que com o conhecimento prévio e mais os textos que a professora lê na sala de aula eles construam de forma objetiva o que querem realmente expressar em sua produção textual, como destacam Koch e Travaglia;

Inferência é uma operação pela qual, utilizando seu conhecimento de mundo, o receptor (leitor/ouvinte) de um texto estabelece uma relação não explícita entre dois elementos (normalmente frases ou trechos) deste texto que ele busca compreender e interpretar. Quase todos os textos que lemos ou ouvimos exigem que façamos uma série de inferências para podermos compreendê-los integralmente. Se assim não fosse, nossos textos teriam de ser excessivamente longos para poderem explicitar tudo que queremos comunicar. Na verdade não é assim: todo o texto assemelha-se a um iceberg – o que fica à tona, isto é, o que é explicitado no texto é apenas uma pequena parte daquilo que fica submerso, ou seja, implicitado. Compete, portanto, ao receptor ser capaz de atingir os diversos níveis de implícito, se quiser alcançar uma compreensão mais profunda do texto que ouve ou lê. (KOCH e TRAVAGLIA, 1990, p. 65)

5. CONCLUSÃO    

            A atividade em sala de aula para uma produção textual coletiva, no exemplo da professora Viviane, o aluno não é visto apenas como “consumidor” do conhecimento como era realizado na chamada “educação bancária”, combatida por Paulo Freire com a “educação libertadora” e sendo assim, parte do processo;

Na concepção de educação como ensino que transmite a cultura e a aprendizagem, como elaboração do conhecimento, historicamente produzido (conhecimentos, valores, atitudes e comportamentos), a escola é uma das instâncias cujo produto da sua ação educativa não pode se restringir ao ato de aprender, pois neste o aluno apropria-se de um conhecimento e o incorpora, representando algo que permanece para além deste ato. Ou seja, o aluno não pode ser visto apenas como consumidor de aulas, mas alguém que se converte em objeto do trabalho do professor, já que sobre ele incide o trabalho pedagógico. (KATO, 2014, p. 2)

            Na produção textual o saber a língua culta é um dos principais requisitos, pois todo o contexto da comunicação escrita, principalmente na vida escolar e acadêmica é vital e seletiva. Porém, a produção textual não pode ser algo que venha de modo fechado, com a simples obediência à norma culta sem a relação de convivência do indivíduo que a escreve para se comunicar, deve haver sim uma forma de interação entre o conhecimento de mundo, a vivência na comunidade de fala.
A língua é algo vivo, mesmo que o produtor de um texto publicado já não esteja vivo ele deixa a sua concepção de comunicação escrita de forma viva em seus leitores e estes através de suas leituras praticam a intertextualidade para as suas produções, o que deixa sempre a língua viva, representada desta forma de texto, pois quem lê hoje um filósofo do passado, um romancista com suas obras ou até as velhas cartas de amor de seus avós, leva consigo algo muito rico a apresentar em sua produção textual, isto é a intertextualidade. Na redação, no texto literário ou em qualquer outro, é o texto já escrito vivo em um novo texto a ser escrito.
            A modalidade de produção textual na escola deve ser variada, momentos de forma coletiva, momentos em dupla até se chegar à produção individual, para que os alunos expressem no papel e em debates e discursos de forma oral as suas experiências já trabalhas no coletivo. Além de diversificar os gêneros textuais também o professor deve deixar explícito quem será o público leitor da produção dos alunos, o destinatário.
 Após atos de repetição, para fixar na formação do léxico dos alunos, a produção individual passa a ser o momento de ele administrar tudo aquilo que acumulou no período que viveu seus estudos até ali, ou seja, defendemos aqui que a produção individual seja levada para o grau de exercício avaliado somente após muito treinamento e repetição das produções coletivas e em duplas ou trios, pois aí não só as suas mas as ideias adquiridas com a experiência do coletivo irão nutrir este seu trabalho de produção textual, redação, e também após muita leitura e observação de vídeos, músicas e textos sobre o tema trabalhado.

Cabe ao educador promover a interação, atividades e uma metodologia diferenciada no intuito de garantir o maior interesse por parte dos alunos para o trabalho de produção textual. Opções essas já criadas e sugeridas por diversos autores citados no referencial teórico desta pesquisa, desde o princípio da leitura à produção e reescritura dos textos. (DOS SANTOS, 2008)

            Portanto, concluímos esta proposta da importância da produção textual na escola com a teoria da repetição e do exemplo das diferentes áreas da comunicação e, inclusive esportiva, “o treinamento”, neste caso, da leitura e do trabalho coletivo repetido por várias vezes durante as aulas de Língua Portuguesa.





6. REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé, 1937. Análise de textos: Fundamentos e práticas | Irandé Antunes – São Paulo, Parábola Editorial 2010. Disponível em: http://www.youblisher.com/p/328601-Analise-De-Textos-Fundamentos-E-Praticas/. Acesso em 07 de abr. 2017.

BECHARA, Evanildo, 1928. Moderna gramática portuguesa / Evanildo Bechara. – 37.  ed. ver. , ampl. e atual.  Conforme o novo acordo ortográfico. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

BONIFÁCIO, Carla Alecsandra de Melo; MACIEL, João Wanderberg Gonçalves. Linguística Textual. Disponível em: http://biblioteca.virtual.ufpb.br/files/linguastica_textual_1360183766.pdf. Acesso em 27 de maio de 2017.

BULGRAEN, Vanessa C. O papel do professor e sua mediação nos processos de elaboração do conhecimento. http://www.conteudo.org.br/index.php/conteudo/article/viewfile/46/39. Acesso em 10 de jun. 2017.

CEELUFPE, Centro de Estudos de Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco - Produção de textos na escola – - https://www.youtube.com/watch?v=rs0bot3bkeo. Acesso em 10 de jun. 2017.

DOS SANTOS, Vanessa Cerqueira. A produção textual na escola: eu escrevo, tu escreves, ele escreve... como?. III Seminário de Língua Portuguesa e Ensino – I Colóquio de Linguística, Discurso e Identidade. Ilhéus, 2008.

FARACO, Carlos Alberto. Por uma pedagogia da variação linguística. 2007. Disponível em: Moodle, Curso de Letras/Espanhol, FURG. Acesso em: 10 de abr. 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura)

KATO, Mara Silvia Cabral de Melo. As Contribuições da Teoria Psicológica Sócio Histórica para a Educação e a Constituição dos Processos e Funções Psicológicas Superiores e da Consciência. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. 2014. Disponível em: http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/487.%20as%20contribui%C7%D5es%20da%20teoria%20psicol%D3gica.pdf.  Acesso em 13 de jun. 2017.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A Atividade de Produção Textual. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 24, out. 2012. ISSN 2447-0686. Disponível em: <http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8636868/4590>. Acesso em: 09 abr. 2017.

_________. A coerência textual / Ingedore Villaça Koch, Luiz Carlos Travaglia. – São Paulo: Contexto, 1990. (Repensando a língua portuguesa).
MACHADO, Gilberto. Breves comentários sobre o texto Leituras de Barraco e o filme A Onda. Disponível em: http://bloggilbertomachado.blogspot.com.br/2016/04/breves-comentarios-sobre-o-texto.html. Acesso em 05 de maio 2017.

________. Construção Textual e Expressão Oral. Relatório de Estágio 2016/01. Curso de Letras/Espanhol, FURG. Sarandi, RS, 2016. Disponível em: http://bloggilbertomachado.blogspot.com.br/2016/11/construcao-textual-e-expressao-oral_32.html. Acesso em: 30 de abr. 2017.

________. Debate Produção Textual. Curso de Letras/Espanhol, FURG. Sarandi, RS, 2016. Disponível em: http://bloggilbertomachado.blogspot.com.br/2015/08/minha-contribuicaoneste-rico-debate.html. Acesso em: 07 de abr. 2017.

MURRIE, Z. F. Reflexões sobre o ensino/aprendizagem de gramática. In: MURRIE, Z. F. (Org.). O ensino de português do primeiro grau à universidade. 3. Ed. São Paulo: Contexto, 1994.

WACHOWICZ, Tereza Cristina. Análise linguística nos gêneros textuais. São Paulo: Saraiva 2012.

ALVES, ROMÃO. Relatos de Experiência Leitura de Barraco: efeitos de leitura em uma Biblioteca Itinerante. Adenilson Alves e Lucila Maria Souza Romão. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - FFCLRP-USP. CRB-8 Digital, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 27-34, ago. 2010 | http://revista.crb8.org.br



7. ANEXOS
A seguir, apresento os formulários de respostas da pesquisa feita com 10 professores da rede pública de Sarandi. Como citado anteriormente apenas 03 professores responderam as questões e os documentos em Microsoft word  foram copiados e colados aqui preservando a autenticidade das respostas.
ANEXO A – Questionário respondido por uma professora entrevistada para a pesquisa deste Trabalho de Conclusão de Curso

 QUESTIONÁRIO PARA CONTRIBUIR NA ELABORAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROFESSOR ESTAGIÁRIO: GILBERTO MACHADO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
TEMA: A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇAO TEXTUAL NOS DIAS ATUAIS
Solicito a sua colaboração como professor de carreira da área de linguagens como contribuição em meu trabalho de conclusão do curso de Letras. Antecipo agradecimentos.

1-      O que acha do tema PRODUÇÃO TEXTUAL?
Entendo como produção textual as produções dos alunos que contenham uma significação, ou seja, textos escritos dos mais variados gêneros, desenhos, enunciados e explanações orais. Visualizo ser de suma importância trabalhar a produção textual enfocando variadas modalidades e tipologias textuais.
2-      Como estão as produções textuais dos alunos nos últimos anos?
As produções textuais da maioria dos alunos são carentes de conteúdo. Um número pequeno de alunos produzem textos com riqueza de informações, mas a grande maioria esbarra na falta de leitura e dificuldade de expressar de forma escrita o seu pensamento.
3-      A definição de um tema para a produção textual em sala de aula, em sua opinião, deve vir de que fonte?
Primeiramente deve-se observar o objetivo a ser alcançado, pois dependendo da proposta de trabalho, será o resultado. Também, entendo que temas do contexto atual de nossa sociedade são importantes para serem trabalhados, além de temas que sejam atrativos para os alunos.
4-      Na constatação que tens em seu dia-a-dia em sala de aula, os alunos gostam de escrever?
Os alunos, a grande maioria, não gosta de escrever e o faz por necessidade. Percebe-se dificuldade de expressar de forma escrita o seu pensamento.
5-      Pra você como educador qual seu pensamento sobre a redação como forma de seleção?
O aluno que é capaz de colocar no papel de forma clara e organizada, com coesão e coerência o seu pensamento e, ainda, mostrar que tem conhecimento de mundo e embasamento teórico, acredito que independente da forma de seleção, se por textos ou avaliação, se sairá muito bem.
ANEXO B - Questionário respondido por uma segunda professora entrevistada para a pesquisa deste Trabalho de Conclusão de Curso.
QUESTIONÁRIO PARA CONTRIBUIR NA ELABORAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROFESSOR ESTAGIÁRIO: GILBERTO MACHADO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
TEMA: A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇAO TEXTUAL NOS DIAS ATUAIS
Solicito a sua colaboração como professor de carreira da área de linguagens como contribuição em meu trabalho de conclusão do curso de Letras. Antecipo agradecimentos.

1-      O que acha do tema PRODUÇÃO TEXTUAL?
É um tema relevante, necessário para o desenvolvimento crítico dos alunos.
2-      Como estão as produções textuais dos alunos nos últimos anos?
No meu ponto de vista, os alunos estão cada vez melhores, pois os subsídios também estão mais acessíveis e as aulas estão mais voltadas para a produção textual, devido principalmente ao ENEM.
3-      A definição de um tema para a produção textual em sala de aula, em sua opinião, deve vir de que fonte?
Acredito que deve vir de fontes diversas, pois é necessário que os alunos saibam sobre muitos assuntos e tenham subsídio para escrever sobre qualquer tema.
4-      Na constatação que tens em seu dia-a-dia em sala de aula, os alunos gostam de escrever?
Em minha opinião sim, porém na disciplina em que atuo fica difícil solicitar produção textual, devido dispormos somente de um período semanal, e ainda mais por ser língua estrangeira, a qual a maioria dos alunos somente tem acesso no Ensino Médio, sendo assim, seu vocabulário é restrito.
5-      Pra você como educador qual seu pensamento sobre a redação como forma de seleção?
Meu ponto de vista a redação por si só não é interessante, mas sim, concordo com a prova de ENEM e a maioria dos vestibulares que utilizam provas de todas as disciplinas e mais a redação. Acredito que seja uma avaliação mais justa.

ANEXO C - Questionário respondido por uma terceira professora entrevistada para a pesquisa deste Trabalho de Conclusão de Curso
QUESTIONÁRIO PARA CONTRIBUIR NA ELABORAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROFESSOR ESTAGIÁRIO: GILBERTO MACHADO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
TEMA: A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇAO TEXTUAL NOS DIAS ATUAIS
Solicito a sua colaboração como professor de carreira da área de linguagens como contribuição em meu trabalho de conclusão do curso de Letras. Antecipo agradecimentos.

1-      O que acha do tema PRODUÇÃO TEXTUAL?
A produção textual é elemento fundamental para a construção de competências linguísticas e para o aprimoramento da habilidade comunicativa em estudantes de todas as idades. O exercício da produção textual de diferentes gêneros e em diferentes contextos comunicativos é uma tarefa que aproxima o estudante de sua realidade e o auxilia a interpretar o mundo pelas linguagens.
2-      Como estão as produções textuais dos alunos nos últimos anos?
A produção é uma tarefa constante e recorrente em minhas aulas.  A questão é ampla, mas penso que as produções dos estudantes são um espaço onde eles podem mostrar-se, exercer a cidadania pela palavra e desafiar-se a pensar acerca de diferentes temáticas.
3-      A definição de um tema para a produção textual em sala de aula, em sua opinião, deve vir de que fonte?
Procuro definir a escolha das temáticas de modo contextualizado, com o projeto que a escola vem desenvolvendo ou com uma temática que já tenha sido amplamente debatida em sala de aula.
4-      Na constatação que tens em seu dia-a-dia em sala de aula, os alunos gostam de escrever?
O gosto pela escrita é bastante relativo, sempre há os que não gostam de escrever, mas a maioria entende que o processo se faz necessário. Já utiliza ou sabe que vai se deparar com situações decisivas, nas quais saber expressar de maneira desenvolta por meio da escrita farão com que consigam alcançar seus objetivos. Muitos gostam de escrever porque percebem uma oportunidade para se expressar e libertar-se.

5-      Pra você como educador qual seu pensamento sobre a redação como forma de seleção?
Penso que seja uma oportunidade necessária para avaliar as diversas competências discursivas e argumentativas dos estudantes. Na redação, nenhum conteúdo específico é cobrado, mas nela os estudantes precisam ter um domínio amplo de gramática, sintaxe e morfologia, além de conhecimentos gerais e contextualizados.





[1] Anexos (pág. 26). Pesquisa feita com professores da Rede Pública Estadual, 10 questionários enviados e 03 respondidos.

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