“O Português são três” - Marcos Bagno - Por Gilberto Machado



“O Português são três”


Os falantes da Língua Portuguesa não empregam em sua totalidade a norma padrão da escrita na fala diária, o que é chamada de norma padrão da língua é usada predominantemente por pessoas letradas, em textos oficiais, científicos e jornalísticos. Havendo uma divisa entre a língua falada e a escrita. Vários autores linguistas são citados no texto de Marcos Bagno, expressando suas definições do uso da Língua Portuguesa pelos brasileiros que criaram a sua identidade própria e uma forma de utilizar a língua, em que podemos chamá-la de norma vernácula, além da norma culta e a norma padrão. Em “Nada na língua é por acaso”, o autor Marcos Bagno toma como ideia central vários exemplos de que “O Português são três”: a norma padrão, a norma culta e a norma vernácula. A norma culta é usada no cotidiano das pessoas com melhores condições financeiras e, consequentemente com maior acesso ao vocabulário requintado, que por vezes não é exatamente idêntico ao da norma padrão. Conclui-se, portanto, que norma padrão e norma culta da língua não devem ser confundidas, pois detém suas diferenças. Devem-se reconhecer as classes da língua prestigiadas e as estigmatizadas que são um modelo padrão de linguagem chamada “certa”. Os usos não normativos usados por falantes escolarizados e esclarecidos podem deixar de serem erros, mas reconhecidos nesta variante da linguagem, como erros menos errados que os outros. E, por isso, o “Português são três” – o povo, em sua maioria,  fala a norma vernácula, os letrados e escritores de documentos oficiais e notas jornalísticas usam a norma padrão e os falantes “afortunados” e de seus meios usam a norma culta. Após expor em seu texto diversos exemplos de publicações na internet das formas como as pessoas escrevem e falam Marcos Bagno defende uma pedagogia da variação e da mudança linguística, uma reeducação sociolinguística, com visão heterogênea de variáveis e mutações. É possível levar à escola esta variedade linguística expondo suas diferenças sem exclusões, mas adaptá-las ao crescimento intelectual dos alunos como assimiladores destas diversas construções da linguagem, apresentando e aceitando as diferentes normas existentes na linguagem do português brasileiro e as nuances aplicadas pelos seus falantes.

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