Psicologia da Educação



  Analisando os conteúdos apresentados, inicio minha reflexão embasado no texto de Lígia de Carvalho Abões Vercelli, que destaca os três aspectos discutidos pelos pesquisadores que pesquisam a Psicologia da Educação: a concepção de homem, a multiplicidade de correntes teóricas e a relação entre teoria e prática pedagógica; este ultimo julgo o mais complexo e que depende dos anteriores para sua execução.
  A Psicologia da Educação deve sim fazer parte do currículo básico das licenciaturas, pois contribuem muito para a execução da prática educativa. Este estudo pode contribuir para que o aluno tenha uma visão mais ampla e crítica da disciplina.
  As características individuais de cada um , o seu contexto histórico da construção de caráter deve ser levado em consideração na formação do aluno.
A realidade de cada escola é de suma importância para que ocorra uma boa sincronia entre a teoria e a prática no ensino, para um melhor desempenho do futuro professor.
Citando Wundt, em 1875, quando caracterizou a Psicologia  como ciência que tinha objetivo próprio: a experiência consciente (Bock, 2002, p.16).
  O indivíduo ser relacionado como criatura e como criador, de acordo com Wundt, dá a importância de que o professor reconheça primeiramente o comportamento e o nível de desenvolvimento do aluno quanto ao aprendizado, deixá-lo livre para interagir na sala de aula, para que o aluno não seja somente um receptor, um sujeito de uma educação bancária e que o professor não seja somente um transmissor do conhecimento e sim, um provocador do mesmo através de uma reflexão junto com seu aluno dos conteúdos da aula.
  A Picologia da Educação entra neste contexto de entendimento da mente humana e sua relação com o mundo, pois se a dificuldade apresentada por um indivíduo, diferentemente de outro, for detectada pelo professor que usará dos conhecimentos da ciência da Psiologia, a forma de praticar a teoria com este aluno será totalmente modificada; certo aluno necessita de uma formatação de aula, outro uma diferente e, assim por diante, porém uma prospecção de aula que una estas diferentes “correntes” de captação de conhecimento irá facilitar a absorção do conteúdo pelos alunos, mesmo que tenham suas características individuais bem distintas, porém o professor detectou estas diferenças e as transformou em unidade de transmissão de conteúdo, facilitando seu trabalho e melhorando o rendimento dos alunos, tornando suas aulas mais proveitosas e  agradáveis.
  Ou seja, esta minha interpretação vem de encontro com o que foi compilado pelos autores do texto Em Busca De Um Ensino De Psicologia Significativo Para Futuros Professores – “Como fonte de conhecimento que a Psicologia teve um grande impacto sobre a educação, e tem mantido uma profunda relação com a prática educacional, entretanto nem sempre amistosa. A necessidade de termos consciência do pluralismo da prática científica é fundamental para evitarmos a ilusão de uma verdade necessária e definitiva. Tratando-se dos conhecimentos psicológicos, essa compreensão torna-se de fato essencial para superarmos o psicologismo na educação. Parece ser consensual que a Psicologia, nos cursos de licenciatura, deve buscar a compreensão do que ocorre nas escolas de ensino fundamental e médio, problematizando sobre quem é o aluno e o que ocorre no cotidiano das escolas. As situações vivenciadas na prática pedagógica precisam ser pensadas e analisadas já na formação inicial, com o objetivo de estabelecer projetos de intervenção nesse tipo de realidade. Entendemos que a Psicologia pode favorecer que o futuro professor ultrapasse o nível do senso comum, na medida em que os conhecimentos teóricos favorecem a compreensão do fenômeno da educação em diferentes dimensões, como a psicológica, a social, a antropológica, a biológica, a política etc.”
  A organização de um grupo social através do conhecimento compartilhado poderia desenvolver de uma forma diferenciada a questão da comunicação e do conhecimento aliados á Psicologia, ao conhecimento do indivíduo para seguinte uma ação para o todo, em grupo.
  Os conceitos de conhecimento, cognição e comunicação, não respeitam mais os antigos limites conceituais e preliminares. Estes conceitos estão correlacionados a uma expressão já citada anteriormente que seria uma visão de mundo do indivíduo, pois a comunicação tratou de esclarecer o que passou e passa em seu meio; a cognição lhe deu a capacidade psicológica de entender este processo externo  ocorrido e estas juntas lhe deram a percepção do conhecimento para que juntos constituam o indivíduo plenamente capacitados para agregar mais conhecimentos através do ensino regular de uma sala de aula.
  O trecho a seguir materializa o que citei em trecho anterior, a interação professor/aluno, aluno/professor: - “O construtivismo Piagetiano demonstra afinidade com o paradigma da simulação ao propor um processo constante de assimilação e acomodação, de interação entre o organismo e o meio, segundo o qual as estruturas são construídas ao longo do tempo, sendo o efeito e não a causa do desenvolvimento a partir da interação. Uma educação construtivista, pautada seja em Piaget, seja em L. Vygotsky, entende a relação ensino/aprendizagem como uma relação de interação entre alunos e professores, onde ambos aprendem e ensinam.”
 A evolução do campo da informatização, o avanço meteórico da informação através das novas tecnologias e plataformas deve alertar para que os futuros professores estejam preparados para realizar esta convergência em prol dos seus alunos.


Referências :

- VERCELLI, L. de C. A.a Psicologia da Educação na Formação Docente. Dialogia, São Paulo,v. 7, n. 2,  p. 223-2333, 2008.

- ALMEIDA, Patrícia C. Albieri de; AZZI, Roberta Gurgel ; MERCURI, Elisabeth N. G. Silva; PEREIRA, Marli A. Lucas . Em Busca De Um Ensino De Psicologia Significativo Para Futuros Professores.

- A Psicologia da Educação na Contemporaneidade e a possibilidade de um

Pensamento Comunicacional. Plataforma FURG –EaD – Psicologia da Educação.

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