Módulo IV: Tensões identitárias e
curriculares: desafios às políticas
públicas da educação
7º Tópico
Aluno(a): GILBERTO MACHADO Pólo:
SARANDI
ATIVIDADE
DE EXPLORAÇÃO DO TEXTO
Quais
os principais desafios e também quais as possibilidades, para professores/as e
alunos/as, implicadas nas tensões curriculares proporcionadas pelas diversas
identidades e interesses que estão nas escolas?
Uma sociedade que vem há séculos com
determinados parâmetros do que é correto ou padrão começa a ser desfeita de
forma gradativa e, conseqüentemente isto vai parar nas salas de aula.
Desde o modelo tradicional de família, até as
equiparações das classes sociais nas últimas décadas, poderão servir como novos
conceitos em membros de uma sociedade que é formada em boa parte de suas vidas
nos bancos escolares de todos os níveis.
Pois como cita, nesse aspecto, Foucault
(1999a)
[...] que pensar é poder desnaturalizar o que
parece evidente, ou seja, não tomar fatos como naturais – verdades absolutas ou
parte de uma imutável essência – buscando compreender os jogos que determinam,
a cada época, o que pode ser dito ou visto, ou ainda, o que deve manter-se na
invisibilidade e no silêncio, como são as inúmeras famílias que se projetam na
sociedade brasileira.
Como bem observam Simone Anadon, Marcio
Caetano e Mary Rangel no artigo A Galinha Pintadinha e o reino do Galo Carijó:
dinâmicas androcêntricas na educação da infância (p. 11)
[...] Isso já determina uma tomada de
posição, cuja função daquele que se coloca a pensar não é determinar as
melhores saídas e soluções, mas “sacudir os hábitos e dissipar familiaridades”,
ou “em outros termos, fazer um sumário topográfico e geológico da batalha”
(FOUCAULT, 1999a, p.151).
Pois se há diversas identidades e interesses
na escola, provindas de mães “Galinha Pintadinha” ou não, o papel do professor
é de olhar as individualidades presentes em sala de aula, pois ali chegarão
alunos provindos de diversas situações e nomenclaturas de famílias às quais a
escola tem de adaptar de uma forma mais natural e evitar ocorrer em situações
que chegam ao discriminatório e traumatizante para os que não são de um modelo “tradicional”
ao qual a sociedade do século passado estava acostumada. Com a doutrina midiática
atual de que “tudo é normal” nada mais deve intervir na qualificação indevida
de seres que agora têm diversas identidades e interesses. A escola deve sim,
fomentar a boa educação, um bom aproveitamento do conhecimento que deve ser
internalizado pelo aluno que a procura quer sair dela como um cidadão com suas
particularidades respeitadas e com o conhecimento que contribua com seu crescimento
no que ele se propõe.
Referências
ANADON,
Simone. CAETANO, Marcio e RANGEL, Mary
Rangel. A Galinha Pintadinha e o reino do
Galo Carijó: dinâmicas androcêntricas na educação da infância. R e v i s t
a C a d e r n o s d e E d u c a ç ã o , n . º 5 2 • 2 0 1 5 • I S S N : 2 1 7 8
- 079X
FOUCAULT,
Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1998.
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